por Dr. Tiago Conti
Nos artigos anteriores conversamos sobre o que é a
nanotecnologia, o que são nanopartículas, como podem essas ser construídas,
como podemos classificá-las e o que torna esses materiais tão interessantes.
Assim, dentro desse mundo “nano” existem nano-materiais de diversas formas
geométricas (esferas, bastões, fios, tubos, etc.) com diversas composições
químicas, ou seja, que podem ser de metais (ouro, prata, cobre, etc.) e de materiais
não-metálicos como cerâmicas (titânia, magnetita, zircônia, etc.), polímeros e carbono (grafenos e nanotubos),
que podem estar funcionalizados ou não.
Ok... mas o que significa isso? O que são nanopartículas
funcionalizadas?
Significa que podemos colocar “grupos químicos” funcionais
em sua superfície (moléculas, polímeros, aminas, enzimas, etc), de modo a lhes
conferir as características físico-químicas desses grupos. Em outras palavras,
podemos colocar funções específicas na superfície dessas nanopartículas e
modificar seu comportamento num dado ambiente para que essa possa cumprir uma
dada tarefa predeterminada, por exemplo, capturar uma enzima. Desta forma,
podemos fazer com que uma partícula possa ser mais ou menos “solúvel” em água
simplesmente trocando a molécula que está em sua superfície, ou seja, sua
funcionalização.
Portanto, de uma forma bem simples podemos dizer que uma
nanopartícula funcionalizada nada mais é do que uma partícula que contém uma
parte central, um “núcleo”, e uma superfície com moléculas orgânicas ligadas
em sua volta. A Figura abaixo ilustra uma nanopartícula funcionalizada,
contendo um “núcleo”, em vermelho, e uma funcionalização, em azul, que conferem
propriedades diferenciadas a essa. Com efeito, a combinação das propriedades no
núcleo com as da superfície podem levar ao desenvolvimento de novas tecnologias
ocasionando o surgimento de inovações em diversos segmentos, como o de energias
renováveis, têxtil, agronegócio, embalagens e até na medicina.
Representação esquemática de uma nanopartícula funcionalizada.
Ademais, a bio-funcionalização de nanopartículas é uma das
áreas que vem recebendo maior atenção na última década devido à alta procura
por sistemas biocompátiveis e de drug-delivery.
Moléculas biológicas como aminoácidos, proteínas e mesmo DNA têm sido
utilizadas na produção de nanopartículas funcionalizadas para aplicações
biológicas. A magnetita (Magnus) seja talvez o material mais utilizado nesse
campo devido ao seu comportamento magnético e por apresentar diversas
aplicações na área médica, como por exemplo contraste para ressonância
magnética de alta resolução, drug-delivery
conduzido por campo magnético e hipertermia magnética.
Apesar de parecer simples, o processo de funcionalização de
uma nanopartícula é complexo e nem sempre é possível. Neste sentido, a
tecnologia nChemi permite a fabricação de diversos tipos de nano-materiais
funcionalizados em larga escala, sendo que essa apresenta grande vantagem às
técnicas tradicionais de funcionalização, tanto em custo quanto em desempenho.
Quer saber em quais outras aplicações você pode utilizar as
nanopartículas funcionais e criar novas tecnologias ou até mesmo melhorar as
tradicionais?
Entre em contato e venha descobrir!
info@nchemi.com
Boa noite Dr. Sou estudante da Universidade Federal de Jataí, Goiás, e atualmente estou no começo do mestrado em ciências aplicadas à saúde. Acabei de ler seu blog e gostaria de lhe pedir auxílio em uma questão, existe algum método que possamos utilizar para funcionalizar nanopartículas de óxidos metálicos com antibióticos?, realizei diversas leituras e não encontrei nada satisfatório. Nesse caso o antibiótico teria que ser aderido na superfície que está encapsulada com dióxido de silício.
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