Por: William Leonel
Já falamos sobre as moléculas e sua capacidade de absorção
de energia (goo.gl/XpwNFb) na região
da luz visível. No entanto, o espectro eletromagnético é amplo e cada faixa de
energia absorvida por uma molécula corresponde a uma determinada transição,
como podemos observar na tabela abaixo.
Tabela 1 – Transição de energia em relação a absorção de uma determinada região do espectro eletromagnético.
Região do Espectro Eletromagnético
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Transição de Energia
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Transição eletrônica
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Infravermelho
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Transição Vibracional
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Raios-X
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Ruptura de ligações
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Micro-ondas
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Transição Rotacional
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Podemos perceber que cada região absorvida do espectro
eletromagnético irá nos fornecer uma informação sobre o sistema que estamos
analisando. Hoje falaremos sobre uma poderosa técnica de análise da estrutura
de moléculas orgânicas, a espectroscopia na região do infravermelho.
A frequência do infravermelho equivale a frequência
vibracional das moléculas (figura 1). No entanto, para absorver essa radiação, as
moléculas devem ter um momento de dipolo, o que significa ligações assimétricas
entre os átomos. Por exemplo, as moléculas de H2 e Cl2
são totalmente simétricas e não tem diferença de eletronegatividade, ou seja,
não possuem um momento de dipolo e não podem ser identificadas por essa
técnica. Porém os grupos orgânicos tais como, ácidos carboxílicos, aldeídos,
cetonas, aminas, álcoois e muitos outros absorvem na região do infravermelho.
Cada grupo orgânico absorve em uma região determinada e assim é possível
identificar o composto analisando a faixa a qual o sinal é observado.
Figura 1- Exemplos de modos de vibração.
Com essa técnica podemos identificar se houve a formação
de produtos em uma reação química, a pureza de compostos e compreender a
interação de moléculas em superfícies, por exemplo.
Ficou interessado e quer entender mais sobre a
espectroscopia na região do infravermelho e seus usos?
Entre em contato e venha nos conhecer!
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